por Ana Lou para Página da Cultura
Na canção O que é? O que é? Gonzaguinha diz:
“Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser…
Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte…”
Concordo com ele, somos nós que fazemos a vida, porém, na sociedade atual muitas vezes ficamos presos apenas ao sucesso. Esquecemos que ele deveria ser consequência de muito trabalho.
Quando digo trabalho não estou me referindo apenas ao remunerado, mas a toda construção que o envolve, por exemplo, antes de escrever esse post tive que ver alguns vídeos, ler alguns textos, ouvir a música citada acima para só depois conseguir pensar no que eu queria dizer.
Tudo isso levou tempo, nada é gratuito e por esse motivo devemos reconhecer que não nascemos prontos, assim como, diz o filósofo e educador Mario Sergio Cortella em seu livro que leva esse título e nos foi indicado pela psicóloga clínica Dora Lorch que é nossa colaboradora aqui da Página.Para Cortella existe uma postura coletiva de não comunicar a si mesmo e consequentemente as próximas gerações o processo que levamos para obter dinheiro, uma promoção na carreira, uma família saudável que prioriza o dialogo e o prazer de estar na companhia do outro mesmo que em meio a este encontro existam desentendimentos que são naturais e fazem parte da convivência.
Veja não estar pronto não é o problema, mas, ele torna-se um quando achamos que sabemos tudo e a realidade e a experiência nos mostra o contrário. Neste caso, vale à pena parar, respirar e refletir como queremos construir a nossa vida daqui para frente e os valores que queremos passar para as próximas gerações.