por Gustavo Almeida
O alarmante caso de Fábio Mocci Rodrigues Jardim, um **empreendedor** de apenas 42 anos, veio à tona após sua morte inesperada durante um exame de ressonância magnética em uma clínica particular de Santos, no litoral paulista. Tudo ocorreu em uma tarde rotineira de outubro, quando Fábio, acompanhado de sua esposa, Sabrina Altenburg, dirigiu-se à clínica na Vila Mathias para realizar o procedimento devido a queixas de sonolência excessiva durante o dia. Um exame que parecia ser de rotina rapidamente se transformou em um mistério sinistro.
Para entender a complexidade do ocorrido, é preciso mergulhar nos detalhes compartilhados por Sabrina. De acordo com seu relato, ela deixou a clínica brevemente para almoçar e, ao retornar, deparou-se com uma cena que levantou suspeitas: movimentação intensa na área do exame, com uma interação inquietante do pessoal da clínica com a sala reservada para a realização do MRI. Inicialmente, um funcionário tranquilizou Sabrina, assegurando que Fábio estava bem, mas pouco tempo depois, a informação chocante: ele havia sofrido uma parada cardíaca.
A demora na chegada do serviço móvel de urgência, cerca de 40 minutos após o início da crise, trouxe à tona questões sobre a resposta do atendimento na clínica. Sabrina testemunhou os esforços dos profissionais do SAMU em tentar reanimar Fábio com manobras de RCP, mas, infelizmente, tais esforços não foram suficientes para salvar sua vida. O diagnóstico preliminar oferecido pelo pessoal da clínica, de ataque cardíaco súbito, foi rapidamente questionado, resultando na classificação da morte como 'suspeita' pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO) de Santos.
Por que uma morte durante um exame que, à primeira vista, poderia não oferecer riscos imediatos necessita de uma investigação mais minuciosa? Este é o ponto fulcral que move o pedido do SVO para que o Instituto de Medicina Legal (IML) aprofunde a análise, um processo que deverá durar 90 dias. Esta espera angustiante consome Sabrina e todos os envolvidos, cada dia arrastando-se como semanas enquanto as respostas aguardadas não vêm.
Sabrina não está apenas lidando com a perda brutal de seu marido, mas também com as implicações que sua partida repentina exerce sobre a estrutura familiar. Deixando para trás uma filha de seis anos e uma enteada de quatorze, o impacto da ausência de Fábio é uma cicatriz diária com a qual todas terão que aprender a lidar. A vida foi interrompida, causando um vazio insubstituível e desafiante, onde o dom da rotina e do dia a dia com seus entes queridos parece ter sido roubado.
Em paralelo a esta tragédia pessoal, a investigação está sendo conduzida pela 2ª DP de Santos, um fator que, embora não traga Fábio de volta, é fundamental para garantir que justiça seja feita e que, se houver qualquer falha, esta seja exposta. A saúde de Fábio, controlada por medicações para hipertensão, não apresentava sinais preocupantes, como desconforto ou dor no peito, o que torna sua morte ainda mais intrigante.
A comunidade de Santos observa este caso com um misto de tristeza e ansiedade por respostas, uma vez que a morte de Fábio Jardim, muito além de uma tragédia pessoal, lança luz sobre questões mais amplas de segurança e procedimentos em ambientes que deveriam zelar pela saúde, em vez de ameaçá-la. A esperança é que a verdade seja trazida à tona, oferecendo um fechamento à família de Fábio e garantindo que esta tragédia não se repita.
Escreva um comentário