por Pietro Monteiro
Na noite de 13 de agosto, o Flamengo recebeu o Internacional no lendário Maracanã e soube aproveitar a vantagem de casa. O único gol saiu aos 28 minutos, quando Bruno Henrique subiu mais alto que a defesa e cabeceou firme um escanteio, no fim de uma jogada ensaiada. O ponto decisivo deu ao Rubro‑Negro um colchão de 1 a 0 para levar ao Recife, mas o que realmente chamou a atenção foi o domínio da posse de bola: cerca de 66,5% dos minutos de jogo ficaram com a equipe de Jorge Sampaoli.
Mesmo com pouca diferença no placar, a postura tática de Flamengo foi agressiva. O meio‑campo conduziu bem a bola, criando oito oportunidades claras de finalização. O Internacional, por sua vez, se reagrupou no segundo tempo. O jovem Ricardo Mathias tentou abrir espaços pela esquerda, e o goleiro Rochet realizou defesas importantes que evitaram mais gols de visita.
Uma semana depois, em Porto Alegre, o Flamengo chegou ao Beira‑Rio com a missão de selar a passagem. A proposta foi clara: fechar o placar agregado sem abrir brechas. Pedro abriu o marcador aos 14 minutos, com um chute bem colocado após receber passe de Gabigol. Pouco depois, aos 37 minutos, Georgande Ariskayeta ampliou, aproveitando um rebote dentro da área. O segundo tempo foi marcado por domínio defensivo do Rio de Janeiro, que segurou o placar e evitou contra‑ataques perigosos do Internacional.
Além dos dois gols, a partida destacou a eficiência do ataque flamenguista. As finalizações foram 12 contra 5, e a precisão no último terço do campo chegou a 75%. O Internacional, apesar de ter criado algumas chances, não conseguiu converter e viu seu sonho continental encerrar com o 0 a 2 em casa.
Com o resultado de 2 a 0, o Flamengo avançou para as quartas de final da Libertadores 2025, reforçando um histórico que, até aqui, registra mais vitórias do que derrotas nos confrontos eliminatórios contra o clube gaúcho. Desde a primeira eliminação em 2009, o Rubro‑Negro soma oito vitórias, duas empates e apenas uma derrota, um indicador de conforto psicológico e tático nas fases decisivas.
O próximo adversário do Flamengo ainda não foi definido, mas a equipe de Sampaoli já demonstra que tem condições de competir até as fases finais, graças a um conjunto equilibrado entre experiência e velocidade ofensiva. Os torcedores já começam a sonhar com a final, enquanto o Internacional volta a analisar os erros e planeja a próxima campanha continental.
