por Pietro Monteiro
O que esperar de uma noite de Brasileirão com Neymar em campo? Gol, drible e polêmica. Foi o que se viu no Allianz Parque (Morumbi) no dia 4 de agosto, quando o Santos bateu o Juventude por 3 a 1 e mostrou que segue firme na briga pelas primeiras posições em 2025. Com dois gols e uma atuação inspirada, o astro assumiu o papel de protagonista, elevando o time e vencendo praticamente sozinho as disputas mais importantes do campo.
Desde o apito inicial, ficou claro: o Santos entrou em campo determinado a pressionar. O primeiro tempo foi de sufoco para o Juventude, com Neymar chamando a responsabilidade e dando trabalho para a zaga adversária. A cada falta próxima da área, lá estava o camisa 10 para cobrar e levar perigo – ora batendo direto, ora servindo os companheiros nos escanteios. Tiquinho Soares e Souza também participaram das principais jogadas ofensivas, mostrando entrosamento e rapidez. A defesa do Juventude, por sua vez, deu sinais de nervosismo: logo aos 10 minutos, Marcos Paulo parou Neymar com uma falta dura, levando o amarelo e deixando claro que seria uma noite difícil para ele.
Os gols do Santos saíram em jogadas bem ensaiadas: Neymar abriu o placar com um chute preciso após sobra na área e, pouco depois, ampliou. O segundo gol foi daqueles para entrar no DVD: cobrança de escanteio perfeita, desvio de Tiquinho e Neymar completando de primeira. O terceiro gol veio em um contra-ataque rápido, com Souza mostrando velocidade e precisão na finalização. O Juventude só conseguiu descontar perto do fim, em uma escapada que pegou a zaga santista desligada.
A transmissão elétrica da Jovem Pan Esportes, com narração de José Manoel de Barros e comentários sempre afiados de Fábio Piperno, não perdoou: o Juventude parecia desorganizado, principalmente nos lances de bola parada. Guilherme Napolis e Guilherme Silva acompanharam cada detalhe do duelo direto do estádio, trazendo bastidores das comissões técnicas e detalhes do clima tenso durante o jogo.
Para o Juventude, ficou o alerta: o time precisa urgentemente ajustar o sistema defensivo. Marcos Paulo, símbolo das dificuldades, esteve perto de ser expulso em mais de uma ocasião após o cartão amarelo precoce. Apesar da velocidade no ataque em alguns momentos, faltou criatividade para transformar as escapadas em gols. O gol de honra só veio quando o time já parecia resignado, resultado da insistência em contra-ataques mal finalizados até então.
O Santos, por outro lado, provou que está em outro patamar. A equipe continua forte nas bolas paradas, está afinada taticamente e, com Neymar em noite inspirada, é difícil de ser parada. Com a vitória, o grupo se mantém entre os favoritos da competição e ainda ganha confiança para os próximos desafios. Já o Juventude volta a ligar o sinal de alerta pensando nos compromissos futuros, especialmente na necessidade de arrumar a defesa se quiser sonhar mais alto no Brasileirão 2025.