por Pietro Monteiro
Os dois clubes entraram em campo à 21h30, já alinhados em um 4‑2‑3‑1 que revela a estratégia defensiva de ambos os técnicos. O Estudiantes colocou Fernando Muslera no gol, apoiado por quatro zagueiros: Roman Gomez, Santiago Núñez, Facundo Rodríguez e Santiago Arzamendia. No meio‑campo, Gastón Benedetti e Mikel Amondarain formaram o pivô dupla, enquanto Tiago Palacios, Santiago Ascacibar e Cristian Medina ficaram à frente, alimentando o atacante Guido Carrillo.
Do lado do Flamengo, Agustín Rossi foi a última linha, cercado pelos laterais Guillermo Varela e Alex Sandro, e pelos zagueiros Leo Ortiz e Leo Pereira. Jorginho e Saúl Niguez protegeram a defesa, montando o bloco central. O trio ofensivo contou com Gonzalo Plata, Giorgian De Arrascaeta e Samuel Díaz Lino, que buscaram criar espaços para o referência Pedro.
Ambos os elencos vieram com jogadores importantes no banco. O Estudiantes tinha à disposição Lucas Alario, José Sosa e Facundo Farias. O Flamengo, por sua vez, poderia recusar a experiência de jogadores como Bruno Henrique e Gabriel Barbosa, caso buscasse mudar o ritmo da partida.
Logo no primeiro tempo, o ritmo foi intenso. O Estudiantes pressionou alto, aproveitando a velocidade de Ascacibar nas jogadas laterais. Aos 45 minutos da primeira etapa, Benedetti apareceu na boa hora: recebeu um passe de Rodríguez, avançou e bateu firme, trazendo o gol que seria decisivo até a disputa de pênaltis.
O gol trouxe tensão à partida, mas o Flamengo manteve a compostura. No segundo tempo, De Arrascaeta tentou armar jogadas, enquanto Plata buscava o contra‑ataque. O treinador rubro‑negro fez duas substituições estratégicas: entrou o jovem atacante Vinícius Júnior, buscando maior dinamismo nas pontas, e, mais tarde, trouxe Gabriel para reforçar a presença física no ataque.
As lesões que marcaram a partida foram notáveis. O Estudiantes não pôde contar com Joaquín Tobio Burgos e Leandro González Pirez, enquanto o Flamengo ficou sem Erick Pulgar e Michael. As ausências abriram brechas nos setores defensivos, mas também deram oportunidade a jovens talentos ganharem minutos valiosos.
Com o placar em 1 a 0 ao final do tempo normal, o placar global ficou 2 a 2, levando a decisão para os pênaltis. A cobrança começou tensa: o Estudiantes convergiu rapidamente, mas o goleiro Agustín Rossi fez uma defesa crucial contra Ascacibar. Depois de quatro cobranças bem-sucedidas para o Flamengo e duas falhas dos argentinos, o Rio-Nal foi definido em 4 a 2 a favor do lado brasileiro.
Rossi foi o diferencial da noite. Além da defesa nos pênaltis, ele realizou duas intervenções importantes durante o tempo regulamentar, mantendo o placar em favor do Estudiantes até a última hora. Sua atuação reforça a importância de ter um goleiro de qualidade nas grandes fases da competição.
Com a vitória, o Flamengo avança para as semifinais da Copa Libertadores, onde encontrará o Racing Club. O próximo duelo promete ainda mais drama, já que a busca pelo título continental está cada vez mais próxima. Enquanto isso, o Estudiantes volta a casa com a lição de que, apesar da vitória no tempo regular, a definição pelos pênaltis pode ser cruel.
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