por Pietro Monteiro
Quando Gelson Oliveira, guitarrista do coletivo Juntos, se juntou a Nelson Coelho de Castro, violonista, e a Antonio Villeroy, acordeonista, para homenagear Bebeto Alves, ícone da música gaúcha, a noite de 13 de agosto de 2025 ficou marcada no Grezz, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O show, que começou às 21h e se estendeu até quase meia‑noite, reuniu fãs de várias gerações para celebrar o legado de um artista que, apesar de ter deixado o grupo em 2022, continua presente nas melodias da região.
Formado em 1997 no Auditório Araújo Vianna, Juntos rapidamente ganhou espaço ao misturar folk, rock e ritmos gaúchos. Ao longo de 25 anos, o grupo gravou dois discos — "Caminhos do Sul" (2003) e "Luz da Terra" (2015) — e fez mais de 200 apresentações, passando por cidades brasileiras como Florianópolis, Pelotas e São Paulo, além de turnês pela Argentina, Uruguai e até por cidades europeias como Barcelona e Lisboa.
O ponto de virada aconteceu em 2022, quando Bebeto Alves decidiu encerrar sua participação para focar em projetos solo. A decisão deixou um vazio, mas também gerou uma onda de apoio dos admiradores, que pediram um retorno simbólico ao repertório do grupo. Foi assim que, cinco anos depois, os três sobreviventes decidiram se reunir para um único objetivo: tornar público o que sempre ficou no coração dos fãs.
Organizado pela produtora local Música Sul Eventos, o concerto foi anunciado no início de julho via Sympla, com ingressos a partir de R$ 80,00. A venda esgotou em menos de 48 horas, refletindo a ansiedade da comunidade musical. O programa incluiu clássicos como "Vim Vadiá" (de Nelson), "Tempo ao Tempo" (de Gelson) e a parceria “Sinal dos Tempos”, que reúne Antonio e Bebeto.
De acordo com o Tributo a Bebeto AlvesGrezz, o público recebeu o show com aplausos de pé logo na primeira canção. "É como se o tempo tivesse parado, mas ao mesmo tempo avançado", comentou um torcedor que assistiu ao espetáculo. O repertório também trouxe duas canções compostas em conjunto pelos quatro membros — "Povoado das Águas" e "Pedra da Memória" — que foram recebidas com emoção visível.
A duração total, de 19h às 23h45, mostrou que nada foi deixado ao acaso: intervalos curtos entre as músicas mantiveram a energia alta e permitiram que a plateia acompanhasse cada mudança de estilo, do folk ao rock. O álbum ao vivo ainda está sendo preparado, segundo declarações da banda.
Para dar um toque ainda mais especial, o Humberto Gessinger, líder da banda Engenheiros do Hawaii, aceitou o convite como convidado de honra. Gessinger, que já gravou "Aeiou" e "Milonga Orientao" ao lado de Bebeto, trouxe à cena a força do rock nacional, criando uma ponte entre gerações.
"Bebeto foi uma das minhas grandes influências. Tocar ao lado dos meus amigos de Juntos foi como reviver aquelas tardes de criação na minha casa de campo", disse Gessinger ao microfone, pouco antes de iniciar a versão de "Aeiou" com apoio de Duca. A plateia, que incluiu tanto jovens quanto veteranos, respondeu com um coro que ecoou pelos quatro cantos do salão.
Nas redes sociais, a hashtag #TributoBebetoAlves acumulou mais de 12 mil menções nas primeiras 24 horas, mostrando que o evento transcendeu o espaço físico. Críticos da imprensa local elogiaram a performance como "um dos momentos mais emocionantes da cena musical gaúcha em anos recentes". Já o site "Música do Sul" destacou a escolha de repertório como "equilibrada entre nostalgia e inovação".
Para os músicos, o reencontro foi também uma oportunidade de refletir sobre futuros projetos. "Não sabemos se vamos nos reunir novamente, mas a energia que sentimos no palco foi indescritível", afirmou Gelson Oliveira em entrevista ao jornal "Zero Hora". A ideia de gravar um EP ao vivo ainda está em discussão, embora a logística seja um desafio, considerando as agendas individuais.
Se o sucesso do primeiro show foi indicativo, o próximo tributo está marcado para 22 de outubro de 2025, às 20h, no Espaço 373, também em Porto Alegre. Desta vez, o trio será o único artista no palco, mas com a presença de novos músicos convidados, entre eles a saxofonista Ana Luiza Ferreira, que já colaborou em projetos de fusão gaúcha.
Os ingressos para o segundo espetáculo já estão à venda, novamente por Sympla, com preços variando de R$ 80,00 a R$ 150,00 para a área VIP, que inclui meet‑and‑greet com os artistas. A expectativa é que o público compareça em números semelhantes, já que a data coincide com a festa da cidade de Porto Alegre, o que pode atrair visitantes de cidades vizinhas.
Independentemente de novos encontros, o legado de Bebeto Alves permanecerá vivo nas canções que continuam a tocar nas rádios, nas festas de família e nos corações dos gaúchos. Como disse Nelson Coelho de Castro ao final do show: "A música nunca morre; ela apenas muda de voz."
Bebeto Alves foi cantor, compositor e acordeonista que trouxe ao folk gaúcho influências do rock e do música popular brasileira. Atuou no coletivo Juntos de 1997 a 2022, gravando dois álbuns que ainda são referência para músicos da região.
O repertório incluiu "Vim Vadiá", "Tempo ao Tempo", "Sinal dos Tempos", "Povoado das Águas", "Pedra da Memória", "Aeiou" e "Milonga Orientao", entre outros clássicos que marcaram a trajetória de Juntos e de Bebeto.
Os ingressos foram vendidos pela plataforma Sympla, com valores iniciando em R$ 80,00. As vendas esgotaram em menos de 48 horas para o primeiro show e já começaram para o segundo, programado para 22 de outubro.
Humberto Gessinger, líder dos Engenheiros do Hawaii, já colaborou com Bebeto em gravações como "Aeiou" e "Milonga Orientao". Sua presença trouxe o peso do rock nacional ao tributo, atraindo fãs de diferentes gerações.
Ainda não há planos definitivos de reunião permanente, mas os músicos consideram gravar um EP ao vivo do tributo e avaliar novas colaborações. O sucesso dos shows indica que há público e interesse para projetos futuros.
Fábio Santos, setembro 30, 2025
Eu fico pensando como tudo isso parece parte de um grande plano oculto, uma agenda secreta dos grandes gravadores que, por trás da fachada de tributo, estão testando novas tecnologias de manipulação de massa, usando a nostalgia como isca 🎯. A presença de Gessinger, por exemplo, não é coincidência; ele tem laços profundos com conglomerados midiáticos que controlam playlists nas rádios regionais 📻. Cada nota que ecoa no Grezz pode estar carregada de microcódigos subliminares que influenciam decisões de compra de ingressos futuros 🤔. E não para por aí: a escolha das músicas "Sinal dos Tempos" e "Pedra da Memória" parece alinhar-se com ciclos astrológicos que predizem mudanças sociopolíticas significativas 🌌. A venda de ingressos em 48 horas indica um algoritmo de demanda pré-programado que aproveita o medo de perder oportunidades, algo que os psicólogos de massa adoram explorar. O fato de o EP ao vivo ainda estar em discussão revela uma estratégia de "escassez" que pode ser ativada assim que houver um pico de engajamento nas redes sociais, como a hashtag #TributoBebetoAlves.
Além disso, a presença de músicos de fora do estado, como os argentinos, serve para diluir a identidade gaúcha e inserir uma nova narrativa cultural que favorece a padronização global. Os organizadores da Música Sul Eventos podem estar em conluio com plataformas de streaming que buscam alimentar seus algoritmos de recomendação com conteúdo híbrido, misturando folk, rock e influências internacionais, o que aumenta a retenção dos ouvintes.
Não é coincidência também que o próximo evento seja no Espaço 373, um local com histórico de shows de artistas ligados a grandes gravadoras. Tudo isso aponta para uma teia complexa de interesses que vai muito além da homenagem a Bebeto Alves, mas que paga contas em fundos invisíveis que alimentam a elite cultural.
Portanto, se você realmente valoriza a autenticidade da música gaúcha, é preciso olhar além do brilho do palco e questionar quem realmente se beneficia com essas iniciativas. 👀
Marcelo Paulo Noguchi, outubro 1, 2025
Prezados entusiastas da música regional, cumpre-me registrar que o consórcio de talentos reunidos no Grezz demonstra exemplar sinergia interdisciplinar, consolidando a interface entre o folk autêntico e as novas correntes sonoras contemporâneas, fato que enriquece substancialmente o ecossistema cultural sul-rio-grandense. O aporte de Gessinger, ao integrar elementos do rock progressivo, potencializa a coesão semântica das composições, fomentando, assim, a expansão da rede de difusão musical.
Maira Pereira, outubro 1, 2025
É óbvio que esse tributo reforça o orgulho gaúcho e demonstra que a identidade nacional não pode ser substituída por modismos estrangeiros. Quando a gente vê o som da gaita e do violão, sente a alma do Brasil pulsando; nada de tecnologia de fachada, só talento puro e sangue nobre do sul.
Joseph Tiu, outubro 1, 2025
Caros amigos, é realmente impressionante observar como o evento conseguiu equilibrar tradição e inovação, proporcionando uma experiência sonora rica e envolvente; porém, vale ressaltar que, para maximizar a inclusão, seria interessante considerar opções de acessibilidade, como legendas em LIBRAS ou traduções simultâneas, a fim de garantir que todos os apreciadores possam participar plenamente.
Lauro Spitz, outubro 1, 2025
Show virou festa, né? 🎉