Alanis Guillen vira vampira em Vermelho Sangue: nova temporada traz visual sombrio e reviravoltas

por Pietro Monteiro

Alanis Guillen vira vampira em Vermelho Sangue: nova temporada traz visual sombrio e reviravoltas

Alanis Guillen mudou radicalmente seu visual para a segunda temporada de Vermelho Sangue, assumindo uma versão mais sombria e perigosa de sua personagem, Flora — com cabelos escuros, mechas vermelhas e figurino de estilo gótico, a atriz sinaliza uma transformação que pode levá-la à condição de vampira. A mudança, revelada em primeira imagem oficial divulgada pelo Gshow, não é apenas estética: é o reflexo visual de uma jornada interior que promete abalar os alicerces da série de terror e fantasia da Globoplay, que renovou a produção antes mesmo da estreia da primeira temporada — um movimento raro e carregado de significado.

Renovação antecipada: um sinal de confiança sem precedentes

Em 2 de outubro de 2025, Vermelho Sangue estreou com apenas 10 episódios, mas já havia sido renovada para uma segunda temporada. Isso não é comum. Na verdade, é quase inédito na história da Globoplay. A plataforma, que normalmente espera ver números de audiência e engajamento antes de comprometer recursos, apostou alto — e ganhou. A série liderou o ranking semanal da plataforma desde o primeiro dia, ficou entre as mais comentadas nas redes sociais e gerou memes, teorias e até fã-artes que viralizaram em minutos. A decisão de renovar antes da estreia foi, na prática, um voto de confiança nos criadores e no público.

Guarambá: onde o Cerrado esconde criaturas e segredos

A cidade fictícia de Guarambá, no Cerrado Mineiro, não é apenas cenário: é personagem. Lá, lobisomens, lobimoças e vampiros vivem sob o olhar do lobo-guará, símbolo sagrado da região. A primeira temporada explorou a tensão entre o cotidiano e o sobrenatural, com Letícia Vieira como Luna, uma jovem amaldiçoada a se transformar em lobo-guará na lua cheia — mas que, aos poucos, começa a mudar fora do ciclo natural. Enquanto isso, Alanis Guillen como Flora, uma humana que se apaixona por Luna e anseia por pertencer a esse mundo, vive uma angústia silenciosa: ser observadora, não participante. A segunda temporada promete desatar esse nó. E o visual novo de Flora é o primeiro sinal claro de que ela não será mais apenas espectadora.

Transformação física, transformação narrativa

As mechas vermelhas nos cabelos escuros de Alanis Guillen não são um mero estilo de moda. São uma metáfora visual. No folclore brasileiro, o vermelho é cor de sangue, de fogo, de magia proibida — e, em muitas tradições, de vampiros. O figurino mais sombrio, com roupas de couro, capas e detalhes metálicos, reforça a ideia de que Flora não está apenas mudando de aparência: ela está se tornando outra coisa. "É como se ela tivesse finalmente decidido deixar de pedir permissão para pertencer", comentou uma fonte da produção, sob anonimato. "Ela não quer mais ser humana. Ela quer ser o que ela sempre sentiu que deveria ser."

Novos personagens e uma conspiração farmacêutica

Novos personagens e uma conspiração farmacêutica

A segunda temporada trará novos integrantes ao elenco, segundo confirmou Bárbara Rotterdam, que interpreta uma das personagens-chave. "A história vai aprofundar as relações entre os personagens, mas também vai revelar quem está por trás das pesquisas que tentam curar Luna", disse ela. A mãe de Luna, Carol, interpretada por Heloísa Jorge, trabalha para um grupo farmacêutico que, segundo rumores, não busca curas — mas armas. A ideia de que o sangue das criaturas sobrenaturais pode ser usado como base para medicamentos ou armas biológicas é uma linha narrativa que promete misturar terror com crítica social, lembrando casos reais de exploração de comunidades indígenas e biopirataria no Brasil.

O que vem a seguir: Upfront 2026 e o futuro de Vermelho Sangue

A Globoplay ainda não divulgou a data exata de estreia da segunda temporada, mas confirmou que será em 2026. A previsão é que o retorno seja oficialmente anunciado durante o Upfront 2026, evento anual da plataforma onde revela sua programação futura. Enquanto isso, a produção segue em andamento nas gravações em Minas Gerais, com locações reais no Cerrado para manter a autenticidade do cenário. A diretora artística Patricia Pedrosa prometeu que a nova temporada será "mais densa, mais visual, mais assustadora" — e que a fronteira entre humano e monstro vai desaparecer por completo.

Por que isso importa?

Por que isso importa?

Vermelho Sangue não é só mais uma série de terror. É um retrato da busca por identidade, da dor de não se encaixar e da coragem de se transformar — mesmo que isso signifique perder a humanidade. Em um momento em que o Brasil produz cada vez mais conteúdo original de qualidade, essa série se destaca por não copiar modelos estrangeiros. Ela puxa o folclore local, as mitologias do Cerrado, as tradições indígenas e as sombras da ciência brasileira. E, com Alanis Guillen como nova criatura das trevas, ela está prestes a se tornar um marco.

Frequently Asked Questions

Por que a Globoplay renovou Vermelho Sangue antes da estreia?

A Globoplay renovou a série antes da estreia porque os testes internos e os dados iniciais de engajamento — como retenção de público, comentários nas redes e tempo de visualização — superaram todas as expectativas. É um movimento raro, mas estratégico: a plataforma apostou na qualidade da produção e na conexão emocional do público com os personagens, e foi recompensada com a série liderando o ranking desde o primeiro dia.

O que as mechas vermelhas nos cabelos de Flora significam na trama?

As mechas vermelhas são um símbolo narrativo: no folclore brasileiro, o vermelho representa sangue, magia proibida e transformação. Para Flora, isso sinaliza que ela não está apenas mudando de aparência — está se tornando algo novo, provavelmente uma vampira. A cor também contrasta com o tom natural da primeira temporada, indicando uma quebra radical em sua jornada e sua aceitação da escuridão.

Quem é o grupo farmacêutico por trás das pesquisas em Luna?

A série ainda não revelou o nome do grupo, mas indícios apontam para uma corporação que explora o sangue de criaturas sobrenaturais para desenvolver tratamentos ou armas. A conexão com a mãe de Luna, Carol, sugere que a ciência brasileira está sendo usada para fins éticos questionáveis — um tema que ecoa casos reais de biopirataria e exploração de comunidades tradicionais no país.

Alanis Guillen vai ser a vilã da segunda temporada?

Não exatamente. Flora não é vilã — é uma personagem tragicamente transformada. Ela não escolhe o mal, mas é forçada a escolher entre a humanidade que perdeu e o poder que descobriu. A série evita o binarismo de herói vs vilão, preferindo explorar a ambiguidade moral, algo que já marcou a primeira temporada e será acentuado na próxima.

Vermelho Sangue tem chances de se tornar uma franquia internacional?

Sim. A série já atraiu interesse de distribuidoras europeias e latino-americanas, especialmente por sua fusão única de folclore brasileiro com narrativas de terror contemporâneo. Se a segunda temporada mantiver o nível de qualidade e engajamento, há boas chances de a Globoplay vender os direitos internacionais — algo que já aconteceu com outras produções da Globo, como "3%" e "Sintonia".

Onde foi filmada a segunda temporada?

As gravações estão ocorrendo em locais reais do Cerrado Mineiro, como as cidades de Belo Horizonte, Diamantina e Ouro Preto, que mantêm a arquitetura e a atmosfera da cidade fictícia de Guarambá. A produção evitou estúdios artificiais para preservar a autenticidade do cenário, usando luz natural, vegetação nativa e até sons do ambiente — como o uivo de lobos-guarás gravados em parques nacionais.

Pietro Monteiro

Pietro Monteiro

Autor

Sou um jornalista especializado em notícias e adoro escrever sobre os acontecimentos diários no Brasil. Minha paixão é informar e manter o público atualizado com os eventos mais recentes.