por Pietro Monteiro
Quando Érika liderou a seleção feminina e Georgen Pereira garantiu o bronze masculino, o basquetebol ganhou os holofotes nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, realizados entre 22 de outubro e 4 de novembro no Poliesportivo 1 do Estádio Nacional, Santiago. O Brasil saiu com duas medalhas — ouro feminino e bronze masculino — e impulsionou sua posição no quadro geral, superando o Canadá e mantendo a segunda colocação atrás dos EUA.
Os jogos contaram com duas modalidades: o tradicional 5x5, disputado no Poliesportivo 1, e o dinâmico 3x3, que tomou conta do Estádio Español em Las Condes. Cada gênero recebeu oito equipes no 5x5 e 12 equipes no 3x3, dobrando a participação em relação a 2019. O Chile, como anfitrião, garantiu uma vaga automática no 5x5 masculino e feminino; as demais vagas foram decididas nas Copas América de 2022 (masculino) e 2023 (feminino).
No total, 192 atletas homens e 192 mulheres competiram no 5x5, enquanto 96 atletas de cada sexo disputaram o 3x3. As competições foram marcadas por jogos apertados, reviravoltas e, claro, muitos aplausos nas arquibancadas.
A fase final feminina terminou em 29 de outubro, quando o Brasil venceu a Colômbia por 50 a 40 no ginásio Poliesportivo 1, garantindo o segundo título consecutivo após Lima 2019. Érika foi a cestinha da seleção, confirmando o domínio brasileiro na região.
No masculino, o Brasil encontrou o México na disputa pelo terceiro lugar, em 4 de novembro, e triunfou por 73 a 61, levando o bronze. O duelo de semifinal contra a Venezuela (perda por 77‑84) trouxe lições valiosas; a Venezuela acabou na final contra a Argentina.
Os destaques individuais incluem Gabriel Baralle, da Argentina, que anotou 13 pontos nas semifinais, e Yago Galvanini, do Brasil, que registrou 10 rebotes na partida contra a Venezuela.
A arbitragem internacional recebeu elogios pela condução impecável dos jogos. Entre os árbitros de referência estavam Jorge Vásquez (Porto Rico) e Julio Anaya (Panamá), que atuaram na semifinal Argentina × México. Na partida Brasil × Venezuela, a equipe de arbitragem contou com Luis Vásquez (Porto Rico), Michael Scott (Canadá) e Carmelo de la Rosa (Porto Rico).
Além das quadras, a Confederação Brasileira de Basketball (CBB) divulgou comunicados detalhando a performance das seleções e destacando a importância da experiência no 3x3, onde o Brasil também estreou com vitória sobre o Uruguai (22‑12) nas categorias femininas.
Com as duas conquistas, o Brasil subiu para o segundo lugar geral no Pan‑Santiago. Segundo a ESPN Brasil, o país terminou a edição com 66 ouros, 73 pratas e 66 bronzes, totalizando 205 medalhas. Os EUA lideraram com 124 ouros, 75 pratas e 87 bronzes (286 no total). O Canadá ficou em quarto, atrás do México, que recolheu 52 ouros.
Os números mostram que o basquetebol foi responsável por 2 ouros e 1 bronze — representando 3% do total de medalhas brasileiras, mas um impulso moral significativo, sobretudo para a base feminina que vê no bicampeonato uma prova de que o investimento está dando frutos.
O sucesso em Santiago abre caminho para a preparação rumo aos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A diretoria da CBB já anunciou planos de ampliação de ligas nacionais e de programas de base, visando transformar o desempenho em ouro em uma rotina. Por outro lado, a Federação das Nações Unidas para o Esporte (UNESCO) está avaliando a possibilidade de elevar o 3x3 a um evento permanente nos jogos continentais, inspirado na energia mostrada em Las Condes.
Enquanto isso, atletas como Lucas Corazza e Georgen Pereira retornam ao Brasil como inspiração para jovens que sonham em vestir a camisa amarela nas próximas competições.
As duas medalhas — ouro feminino e bronze masculino — aumentaram o total de ouro do Brasil para 66, permitindo que o país ultrapassasse o Canadá e garantisse a segunda colocação geral, atrás apenas dos Estados Unidos.
Érika foi a maior pontuadora da equipe durante o torneio, liderando o ataque e contribuindo em momentos decisivos da final contra a Colômbia, garantindo o título de ouro.
No 5x5, oito equipes masculinas e oito femininas competiram; no 3x3, foram 12 equipes de cada sexo, totalizando 40 seleções ao longo da competição.
A arbitragem foi elogiada por sua coerência. Entre os principais árbitros estavam Jorge Vásquez (Porto Rico), Julio Anaya (Panamá) e Michael Scott (Canadá), que supervisionaram as partidas decisivas.
A CBB já planeja intensificar os programas de base e usar a experiência de Santiago como preparação para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, além de buscar maior visibilidade para o 3x3 nos próximos campeonatos continentais.
Gustavo Manzalli, outubro 12, 2025
Uau, que performance espetacular da nossa seleção! O ouro da equipe feminina foi como um raio de luz que atravessa a névoa da mediocridade internacional. É incrível como a Érika brilhou, fazendo a bola dançar como se fosse música. Parabéns a todos os atletas que levaram o Brasil ao pódio com estilo e garra.